Na hora de trocar de carro, uma preocupação sempre vem à mente: qual é o valor aceitável de quilometragem para definir se vale a pena ou não adquirir o veículo? Há quem diga que é loucura comprar um carro que já tenha mais de 100 mil quilômetros rodados. No entanto, fomos atrás de entender o que dizem fontes especializadas do setor automotivo para descobrir se é viável ou não comprar um carro muito rodado. Acompanhe!
A primeira coisa a se averiguar, quando nos deparamos com um carro que já apresenta uma alta quilometragem, é o entendimento de como andam os elementos principais do veículo: motor, câmbio, suspensão, pneus e sistema elétrico. Isso porque pode acontecer de um veículo ter rodado muito, mas ter sido usado em trajetos que favorecem o desempenho do carro, como estradas largas, com terrenos pouco acidentados, ou ter enfrentado poucas situações adversas, como enchentes e atolamentos. Nem sempre o valor do hodômetro (indicador de quilometragem) é o critério mais importante para decidir.
Mas, atenção. Isso não é uma verdade absoluta. Vamos tomar por exemplo o dono de um carro que tenha usado seu veículo apenas para cumprir curtas distâncias no dia a dia, apenas para ir ao mercado ou fazer trajetos pelo bairro. Quando o carro anda apenas distância curtas, pode não dar tempo suficiente ao motor para chegar à temperatura ideal de funcionamento. Quando o carro anda muito tempo com o motor frio, o óleo não lubrifica os componentes adequadamente, o que acaba forçando o conjunto motor-câmbio a um desgaste maior para mover as peças e engrenagens.
Por isso, outro item muito importante a ser considerado é a periodicidade da manutenção preventiva. Um carro usado que tenha sido periodicamente revisado, lubrificado e justado tem menos chance de dar dor de cabeça a um novo dono do que um modelo mais novo que tenha sido “largado” pelo proprietário anterior.
Além desses fatores, é necessário pensar também em como repor peças de um carro usado que eventualmente venham a ser inutilizadas pelo uso. Quando um modelo sai de linha, as montadoras deixam de produzir componentes. Em caso de necessidade, o dono do carro pode precisar recorrer a um desmanche legalizado para tentar encontrar peças e acessórios.
Outro custo agregado que precisa ser levado em conta é o do seguro. Muitas companhias seguradoras acabam cobrando mais caro pela apólice de carros fabricados há mais tempo ou com maior quilometragem, especialmente no caso de modelos com altos índices históricos de roubo ou outros sinistros. Por isso, se estiver em dúvida entre dois modelos na hora de comprar, faça antes a simulação do seguro. De repente a economia na hora de contratar a proteção pode ser usada para adquirir um modelo mais adequado às suas necessidades.
Além disso, dependendo da forma que você for usar para pagar a aquisição do carro, existe ainda algo a ponderar. As linhas de financiamento para usados normalmente são menos atraentes do que para modelos zero km.
Ainda assim a palavra de ordem é analisar. Nada de fechar negócio por impulso!
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