Todos os anos, o setor automotivo passa por transformações intensas e as montadoras, fabricantes de peças e comerciantes têm se desdobrado para vencer dificuldades como altos impostos, falta de investimento em tecnologia e a falta de competitividade.
Muitos desafios se colocam à frente nos próximos anos. Mas quais são estes desafios? Entenda quais os obstáculos a serem superados pelo setor automotivo no Brasil em 2019 e nos próximos anos.
Depois de um período de recessão, a retomada da economia brasileira deve ajudar o setor automotivo a voltar a crescer. O setor fechou o ano de 2018 com crescimento de 16% e, para este ano, a expectativa de muitas montadoras é de que ocorra um crescimento de até 12%.
Superar um período de recessão não é tarefa fácil para qualquer setor da economia, como a indústria automotiva. No entanto, alguns especialistas acreditam em um cenário mais animador. O governo também deve melhorar os incentivos ao setor. Um dos sinais disso é o Rota 2030, programa governamental que define as regras para a produção de veículos no Brasil nos próximos 15 anos.
Divididos em três períodos de cinco anos cada, o programa prevê o quanto os fabricantes precisarão investir em pesquisa e desenvolvimento no Brasil. O objetivo é que, até 2022, as empresas usem 1,22% de seu faturamento e, em contrapartida, poderão abater de 10,2% a 12% do valor em imposto de renda.
O Rota 2030 também irá exigir maior eficiência energética, segurança veicular, além de estimular a criação de soluções de mobilidade, direção autônoma e capacitação profissional. Essas são tendências que podem trazer um crescimento expressivo ao mercado.
A necessidade de investimento em novas tecnologias e inovações também é destaque no setor automotivo em 2019 e para os próximos anos. Os avanços tecnológicos vêm acompanhados pelas mudanças no comportamento dos consumidores em relação aos produtos e serviços utilizados.
Um dos exemplos é a constante mudança de conceitos de transporte - atualmente impactado por carros compartilhados. A indústria automotiva precisará saber lidar com essa nova realidade, atendendo às demandas do público. O consumidor de hoje já não se preocupa apenas com a locomoção, mas também com questões sociais, ambientais e a experiência oferecida pela marca. Assim, a tendência é que os veículos sejam cada vez mais menos poluentes e mais econômicos, compactos, conectados e autônomos.
Dentro das fábricas, a automação industrial deve ser cada vez mais parte da rotina. Os processos de automação devem ser os meios pelos quais se atinge o desenvolvimento sustentável nas indústrias. A engenharia de automação ganha, assim, cada vez mais importância para equilibrar o tripé (social, econômico e ecológico) por meio do investimento em tecnologias e recursos que automatizam os processos industriais.
O mercado também precisa de mais fornecedores nacionais que desenvolvam tecnologia de ponta, o que não ocorre em todas as áreas ou com todas as peças. As montadoras ainda têm dificuldade para atuar de forma mais colaborativa no setor.
A maioria das empresas ainda espera fazer inovação a partir de recursos e equipes próprias. A consequência é que, como os recursos financeiros são limitados, há um gargalo para inovar. Ainda é preciso entendimento sobre a importância de trabalhar com parcerias, criando um sistema de inovação para ganhar velocidade e alavancar o desenvolvimento de novas soluções.
A maioria dos usuários brasileiros já usam a internet para pesquisar marcas e modelos de carros através dos smartphones. A tendência é que esse número cresça e que todo o processo de compra seja feito digitalmente.
Além de reduzir custos para o setor automotivo, essa transformação garante procedimentos mais ágeis e proporciona um relacionamento personalizado. Para isso, as empresas precisam investir em tecnologias que as conectem com o seu público consumidor.
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